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2.6.09

e a mulher entra onde nessa história?


não, não estou fora do contexto, sei bem que o dia das mulheres já passou. mas me fizeram pensar bastante no imaginário do povo gaúcho nessas últimas semanas.
quando se pensa em Rio Grande do Sul, lembramos do gaúcho. aquele cara de bota e bombacha, lenço no pescoço, pala no ombro e chapéu na cabeça. tudo. completinho. sozinho e sem mulher. e depois acham ruim quando o Casseta e Planeta faz piadinhas de gaúchos gays.
e hj percebo uma coisa da qual não tinha dado-me conta ainda, conforme o seu Assis Brasil: "o símbolo feminino do RS é um homem! Anita Garibaldi [...] é patético."
ai tu me diz: "ah não gatinha! existem mulheres importantes na literatura do RS"
sim, existem algumas, Ana e Bibiana Terra, por exemplo. são importantes por que mesmo? porque atuaram como homens, com força e coragem em momentos de crise, nos quais os homens estavam em guerra.
então lembro do trecho de uma música que gosto muito: "[...] sou mais macho que muito homem"
pergunto-me: é assim que devo 'atuar' para ser reconhecida por aqui?
não aceito.

*Alice não é uma feminista ensandecida e não curte a mocinha que queimou o sutiã em praça pública. adora cavalherismos e posta aqui quando percebe que o mundo quer que ela perca sua feminilidade.

7 comentários:

Rafael disse...

é o preço de se viver num povo de machos (?).

mas no tocante à literatura, é bem assim mesmo. se pararmos pra pensar, quem foi que escreveu mesmo? um homem é a resposta. e isso sempre será uma grande influência na hora da escrita. sempre há aquele desejo de recriar em um personagem aquilo que o autor gostaria de ser. nos casos das moçoilas acima citadas, é óbvio que seu érico queria alguém que tomasse as rédeas da situação e levasse esse povo pra frente. a ideia é boa, porém me vem a ideia de sempre a mulher ter de se espelhar num ícone masculino pra poder ser alguém. nem a clarice foi muito feliz em suas tentativas; porém conseguiu entender bem melhor esse pequeno fato de que mulheres são mulheres e homens são homens.

beijo

Di disse...

um povo de machos liderados por uma governadora?

Penso que, nessas horas, o sexo não importa! Quem fez por merecer deve ser reconhecido(a).

Viva o Rio Grande do Sul, o estado da diversidade que tem coragem para fazer e acontecer. Viva os gaúchos, viva as guerreiras de nossa terra!

E sem vocês prendinhas, nós não seriamos os mesmos...

;)

Beijos

Ci disse...

Também não curto muito quem teve a idéia ensandecida de queimar o sutiã. Não é de todo ruim ser mulherzinha, ter essa aura de sexo frágil e esse quê de mocinha desprotegida...

E adoooooro Pagu!!

PS.: Anita Garibaldi não é catarina não?

alice disse...

Rafa, acho imprescindível o entendimento de que mulheres são mulheres e homens são homens. e nesse momento não falo absolutamente nada com relação a opção sexual e sim sexo.

Di, concordo sim que as pessoas devem ser reconhecidas por sua capacidade. não gosto é do fato de que as 'mulheres' consagradas no nosso estado só o são porque agiram como homens.

Ci, o pior é que é catarina sim. mas é um ícone de mulher aqui no RS. filho num braço e arma no outro. cadê a delicadeza? ¬¬

Fala garoto, fala garota. disse...

Ironicamente nosso Estado abriga uma governadorA. Aliás, tive uma ideia, que alia beleza e poder feminino... Já que a aprovação da nossa governadora está lá embaixo... trocar Yeda por Bundchen??????????
Gisele Bundchen para governadora do ES! Pronto.

Fala garoto, fala garota. disse...

ops, do RS!

Ci disse...

Andressa e suas idéias revolucionárias!! Hahahahahhaa