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30.11.09

nuvens coloridas


noite de domingo e um seleto grupo de pessoas sai pra matar aquela vontade de comer. escolhem praticamente no 'discordar' o local para a atividade tão importante, e vão.

conversas sobre os mais variados temas surgem na mesa, desde debates querendo entender como 'funciona' o daltonismo até o filme do comandante da fuzarca ilustríssimo sr. presidente da república. eis que, de repente fulaninho atira a pergunta:
- se fosse fazer um filme da vida de vocês, que cenas gostariam de colocar?
neste momento as cabeças começaram a fervilhar tentando encontrar momentos interessantes para o seus filmes.
um deles responde que colocaria o dia em que a irmã nasceu. e continua a busca mental por seus momentos. o outro, depois de algum pensar diz que sua vida é normal e não teria nada pra mostrar.
então fulaninha responde:
- eu colocaria uma cena do dia que estávamos indo pra Cambará e vimos nuvens coloridas, tu lembra?
a conversa estende-se mais um pouco, a fome é saciada e o pessoal vai em direção ao caixa, quando o 'pseudo garçom chato metido a caixa e que não sabe calcular' entra em ação. vários minutos depois o grupo sai do local e, depois de terem sido passados pra trás pelo garçom, resolvem que precisam enganar alguém. o escolhido foi o cara que sempre deixa o carro 'bem cuidado'.
depois de muito rir, cada um vai pra sua casa. e fulaninha fica com a pergunta do fulaninho martelando quase como acontece quando vai à aula de filosofia.
ela eternizaria várias cenas. algumas de suas apresentações com o grupo de dança no exterior, alguns abraços, algumas lágrimas, algumas perdas, alguns ganhos, mas a cena do dia em que, inexplicavelmente, viu nuvens coloridas teria um momento especial.
foi uma ida a Cambará do Sul, estavam quase chegando e, por ser um local muito alto, diziam que estavam nas nuvens. lado a lado iam fulaninho e fulaninha, ouvindo ana carolina, quando de repente ela diz:
- olha lá (e aponta pro céu). nuvens coloridas. como pode?
naquele momento a fala da Clarice Lispector tinha total aplicação: "não tente entender. a vida ultrapassa todo o entendimento". e assim foi, não tentaram entender, só contemplaram a paisagem.
fulaninha nem lembrava mais deste momento, mas hoje por alguns minutos enchera os olhos de lágrima ao lembrar.


[*Alice começou a pensar em como será o filme de sua vida. posta aqui depois de muito tempo ao lembrar de momentos simples, porém, com grande significado caro leitor. porque seu filme provavelmente não será ao estilo 'mega produção', mas será recheado de momentinhos chamados carinhosamente de 'gotas de felicidade']

14.11.09

sua ligação

é muito importante para nós. por favor, não desligue.

[*alice tem crises de inspiração. não quer perder seus 'clientes', então posta aqui apenas para avisar que continua viva. bjosmesigam]

2.11.09

finados

outubro foi um mês bom. e graças a deus já se foi.
daí qualquer leitor que não sofra de alzheimer poderia questionar-se: 'mas ela não passou o mês todo reclamando?'
sim prezado visitante, o mês de outubro foi um mês difícil, mas as dificuldades geram crescimento, não? e tem mais: foi um mês divertido.
em meio a tanto inferno astral, deu tempo de ir à Santa Maria passear, aprender e, o mais bacana, rever os amigos. #cidadepramorarné? quem sabe depois de 2011.
deu tempo também pra ficar mais velha experiente e reatar algumas das amizades que por vezes acreditei terem ficado pra trás. tempo pra festejar junto a pessoas especiais, e tempo pra sentir falta de algumas outras.
deu tempo pra analisar que nem sempre é pra sempre. já dizia a boa música que 'pra sempre sempre acaba'. e aqui ouso acrescentar: e começa novo de novo.
tempo de repensar no quão frágil o ser humano é. e quão mau ele também pode ser. tempo pra perceber que a vida é praticamente uma análise SWOT, com forças, fraquezas, oportunidades e ameaças.
no momento em que o fim do semestre se aproxima e possivelmente eu vá perceber a quantidade de coisas ainda não fiz, vou tentar potencializar as oportunidades e me distanciar das ameaças, pra começar o meu ano novo nesse clima de paz que tomou conta dos dias.

*alice agora tem 23 anos e vai precisar treinar seu cérebro pra não responder 22 todas as vezes em que lhe perguntarem a idade. posta aqui quando faz balanços do mês e, apesar de não visitar cemitérios, enterra todas as coisas que lhe desagradam a 7 palmos de profundidade.