e ela abriu os olhos pro mundo quando aprendeu a ler

Sim, estava assistindo o “fantástico” e, sim, sempre me apavoro com a situação da educação de um determinado país. A reportagem mostrava uma escola localizada no interior do interior de um estado que eu não prestei atenção qual era. O fato é que, no local em questão, o atrativo para a freqüência dos alunos não era a educação e sim a possibilidade de receber merenda escolar. Não, não pense que nessa escola a merenda é super elaborada, também não pense em pratos finos e deliciosos, apenas comida, simples, aproximadamente R$0,22 gastos com cada aluno (nem o RU da UFGRS gasta tão pouco).

Agora você pergunta: “Tá Alice, e porque é atrativo então?”

Porque nesse lugar, a merenda escolar (sim, essa de vinte e dois centavos), por diversas vezes, é a única refeição das crianças. A professora da escola viu um automóvel pela primeira vez aos 12 anos, e foi alfabetizada bem depois do que eu e você. Nesse lugarzinho, próximo ao local onde o Judas perdeu as botas, a merenda escolar chega de burro, porque a modernidade das estradas ainda não chegou.

Nesse mesmo país - no Espírito Santo, alunos do ensino médio protestam contra o aumento da carga horária nas escolas, sem ao menos antes aprenderem a escrever, para fazer um protesto, apesar de absurdo, digno.

E a educação? Conforme o dicionário:

educação

e.du.ca.ção

sf (lat educatione) 1 Ato ou efeito de educar. 2 Aperfeiçoamento das faculdades físicas intelectuais e morais do ser humano; disci­pli­na­mento, instrução, ensino. 3 Processo pelo qual uma função se desenvolve e se aperfeiçoa pelo próprio exercício: Educação musical, profissional etc. 4 Formação consciente das novas gerações segundo os ideais de cultura de cada povo.

Que país é esse?

Será que as pessoas desse país estão sendo educadas? Medo do nosso futuro!

ps: e eu nem me dei ao trabalho de comentar sobre os livros didáticos com 10 planetas e dois Paraguais...

[momento plagiando coisas inteligentes e phinas ON]:

*Alice pensa que é instruída só porque frequenta a universidade, mas ela sabe que isso não é fato determinante, pois tem muita gente no ensino médio que nem sabe escrever, posta aqui em dias variados, sempre que tem algo patético pra contar.

[irritação modo ON]

Cena 1: pessoa sai correndo do estágio para colocar créditos naquele maravilhoso cartão que (diminui o valor do roubo) dá direito a desconto nas passagens escolares. ao chegar no posto, a pessoa é informada de que eles estão sem sistema, e (como de praxe) que não podem fazer absolutamente nada para ajudar.

Cena 2: aluno assistindo a disciplina tida como a mais interessante do semestre e, que vai contribuir muito para o desenvolvimento do seu TCC, quando tem seus pensamentos sobre assuntos pertinentes à aula interrompidos, por colegas que querem conversar sobre a crise mundial e a influencia da mídia. longe dessa pessoa sofrer de alienação, mas a crise e a mídia não são fatores decisivos para o desenvolvimento e, nem estão no plano da disciplina em questão.

Cena 3: pessoa acorda super bem, escova os dentes, toma banho, escolhe um modelito básico e sai para mais um dia de trabalho e aula - sem o livro que deveria levar para ler e, com a pasta da disciplina errada. momentos depois, um inexplicável sentimento de tensão toma conta da pessoa em questão e ela tende a ficar sem paciência e querendo voltar pro seu “lar doce lar” o mais rápido possível.

Cena 4: a pessoa vai ali se matar e já volta pra ir pra aula.

cena 5: ligação totalmente inesperada, notícia ultra mega hiper boa, talvez eu ops,! a pessoa em questão, nem cometa o suicídio.

saldo de fim de estação

mês na metade, muitas promoções de final de temporada, de início de aulas, pois aqui também teremos um saldão.

[o novo espaço]
confesso que inicialmente não curti nada nada a mudança, mas, no fim das contas, é bem menos pior do que eu imaginava. tenho um prédio novo, phiníssimo, com elevadores para andares pares e ímpares separadamente. tá certo que as pessoas por lá são um tanto mais sérias que no antigo “lar doce lar” e, que elas ficam esperando os elevadores em fila indiana sem conversar com ninguém. clima quase de hospital, mas nada que um projeto de animação não possa resolver.

[o fim da linha]
estágio em fase final, o negócio é sacudir a poeira e começar a espalhar currículos pelo mundo a fora. aliás, alguém precisando de uma futura Bacharel em Turismo por aí? =P

[saldo geral]
março trouxe mais atividades, menos festas, mais carteirinhas escolares, menos cabelos, mais livros, menos comidas coloridas, mais planos, menos sono, mais projetos, menos horas livres, mais isso e menos aquilo.

- Que ta fazendo?
- Nada de importante, pq?
- Vamos a PQP? (Tangamandápio, Disneylândia com o polegar vermelho, Acapulco, etc...)
- Claro!

é, o verão acaba e leva consigo os finais de tarde completamente sem obrigações, os momentos de puro ócio e aquele não-planejamento das ações que já me estava super familiar.

- Anotou a placa?
- Não deu tempo.

agora, depois de pouco mais de duas semanas, o corpo e a mente começam a se acostumar de novo àquele ritmo maluco que faz parte da chamada “vida real”.

Mix

sexta-feira 13 + TPM* = mistura potencialmente perigosa²

salve-se quem puder!

ps: tô pensando seriamente em orar, orar muito por algumas pessoas.

*(com direito a novos desafios no trabalho¹ + leituras obrigatórias da faculdade pra esta noite e, que ainda não foram feitas + falta de paz até na hora do almoço + convivência com gente que não tem capacidade nem de lavar o prato que suja)

¹ expressão utilizada em função da phiníssima tabela abaixo:

tenhamos fé

uma hora surgirá um post realmente interessante.

¬¬'

acho que vou antecipar as passagens

buenas, aulas começando, aquele clima bom que existe no início dos semestres, de que tudo é novo de novo, etc.
eu até já falei disso aqui, mas eu realmente me impressiono com a capacidade que alguns professores (os reais mestres) têm de ampliar meus horizontes. esses mesmos mestres também conseguem me colocar dúvidas incríveis na cabeça, e instaurar o verdadeiro caos.
pois ontem, na primeira noite de aulas, não seria diferente, não com aquela professora.
uma simples apresentação feita a respeito da participação do Leonardo Boff no último Fórum Social Mundial que aconteceu agora em janeiro, em Belém do Pará.
não era alegre, não era bonita, era apenas extremamente deplorável. ok, a gente sabe que a desigualdade social no mundo é imensa, e que, enquanto morrem horrores de crianças no mundo por falta de alimento e de água, tem um bando de gente gastando seu rico dinheirinho na compra de um aparelho celular mais moderno, apenas pra ficar na moda (e nem vou entrar no mérito da quantidade de lixo gerado inutilmente).
consumismo no último grau de um lado e extrema miséria do outro.
enquanto uns trabalham o mes todo pra ganhar R$30, outros ganham milhões. meritos pessoais? conta outra. outro dia percebi que política, assim como futebol e religião é algo que não se discute. como percebi? depois de tentar explicitar a importancia da saúde e da educaçao para o desenvolvimento de uma cidade/estado/país e escutar um "eu sempre estudei em escolas particulares e tenho um plano de saúde, os outros não me interessam".
um outro mundo é possível? as vezes o realismo pessimismo me leva a pensar que não.
é, "bem vindo" ao planeta terra!
certo. certo? creio que há algo bem errado aqui. o mundo como um todo não percebe que a insustentabilidade instaurada em função desse "capitalismo selvagem" não consegue levar a outro caminho que não a destruição total???
ouvi outro dia algo como "há estudos feitos e o mundo só vai acabar daqui a 3 trilhões de anos" e, pergunto: por acaso existem estudos com relação ao alto poder de destruição da humanidade para com ela mesma?
informação da apresentação que eu assisti: em 2050 a humanidade vai precisar de 2 Terras pra sobreviver.
certo que uns dois ou três parafusos afrouxaram ontem, ou será que eles apenas foram apertados?
sinceramente, sai da aula sentindo uma enorme repugnancia do mundo e uma impotencia ainda um pouco maior.
penso seriamente em comprar passagens pra marte agora, que devem ficar mais baratas que em 2049...

ps: encontrei na internet a apresentação, penso que vale a pena dar uma olhada, afinal é o seu planeta.

L. Boff no Fórum Social Mundial 2009

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já

"são as águas de março fechando o verão
é a promessa de vida no meu teu coração"