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27.11.08

Quase



Da série "encontrei um texto interessante para o momento, copiei e colei" (vale a pena ler):

Ainda pior que a convicção do não e a incerteza do talvez é a desilusão de um quase. É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi. Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou. Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono.

Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor não me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cór, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "Bom dia", quase que sussurrados. Sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz. A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai. Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são. Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza. O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.

Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência porém,preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer. Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance. Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar. Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.

Pelo menos conforme diz a internet (que já deixou de ser confiável há tempos, o texto é de [Sarah Westphal]

Fora isso, vida típica de final de semestre (leia-se: enlouquecedora), com um plus dos mega-eventos... São Pedro que me aguarde!!! (por óbvio que falo do hospício)


19.11.08

Idéias.


"Escrever é fácil: você começa com uma letra maiúscula e termina com um ponto final. No meio você coloca as idéias." [Pablo Neruda]

Pensando assim, até fica simples!

16.11.08

[modo neurônios OFF]

Sábado pela manhã (14h), depois de uma noite de festa, algumas horas de sono e um filme bem interessante - Sombras de Goya - o pessoal começa a pensar em o que irão comer. Chega-se a concusão de que precisam ir à padaria, que fica logo ali na esquina. Apenas duas das meninas dispuseram-se a trocar o pijama por uma roupa e dirigir-se ao estabelecimento.
A caminho da padaria as duas riem um bocado lembrando dos detalhes da noite anterior, até que, na calçada, depois de avistar dois MSO*, e com os neurônios ainda um tanto dormentes, desenvolve-se o diálogo:
A¹: - Hummmm... médicos
Ao passo que a outra responde:
A²: - Não... padeiros.
E a risada segue por vários minutos.
E em tantos outros momentos do final de semana que, apesar de ter tudo pra ser bem paradinho, foi um bom pouco divertido.
*MSO - membros do sexo oposto.

10.11.08

Domingo de sol e um pouco de pretensão

(Foto: Alice Costa)


Depois do aniver se tem a impressão de que as coisas realmente mudam... Mas acho que já escrevi bastante sobre isso em outro post!

Portanto só não vou poder deixar de comentar como é bom ver aquele mesmo ídolo pela enésima vez e perceber que ele sempre dá um jeitinho de melhorar ainda mais...

Finalmente um domingo sem chuva! E, depois de um belo show do Nenhum de Nós, encerrando a temporada em comemoração aos 20 anos da banda, no Theatro São Pedro, com participação especial de um quarteto de cordas - maravilhoso! - e de um uruguaio bem bacana, continuo com aquela impressão de que o Thedy escreve exatamente o que eu penso... (pouca pretensão a minha né?!)

E vai umas das muitas ótimas da noite que, apesar de tristinha, é bem bonita:

Esperanças Perdidas - Nenhum de Nós
Composição: Thedy Corrêa

Certas coisas nunca mudam
Alguém que vai embora
Alguém está pra chegar
Aí começa a diferença
Encontrar o que é novo
Sem esquecer de olhar pra trás

Não é preciso destruir pra conseguir recomeçar
Recomeçar de um ponto onde nada existia
Onde a vida é diferença
E crescer é sempre igual

A verdade vem aos pedaços
E eu não sei como fazer vc juntar
A verdade vem aos pedaços
E eu não sei como fazer vc juntar

Não sei o que dizer
Ainda sou seu amigo
E isso nunca vai mudar
Eu coloquei em suas mãos a minha vida
Esperanças perdidas

Entreguei demais
Quase nada além do que vc pedia
Coloquei em minha boca sua voz
Idéias e medidas


1.11.08

O Bolo

Telefonema:
- Oi, estou fechando a padaria e até o momento ninguém veio buscar o bolo que a senhora encomendou.
- Tivemos um pequeno probleminha senhor, mas em 10 minutos estou passando ai para buscá-lo.
Caraca! Quem vai buscar o bolo? Não havia ninguém pra buscar o dito bolo! Grande idéia inventar um bolo no meio da tarde! Alguns segundos de pura tensão e, pronto, buscaríamos o bolo.
- Nossa, que bolo lindo!
O bolo já estava em “minhas mãos”, mas o cabelo não estava escovado, o vestido não estava comigo e um clima de tensão tomava conta de tudo. Será que vai dar tempo? Será que as pessoas vão aparecer? Vão gostar do lugar? Ahhhh, muita tensão! Eu não queria que fosse assim!
No QG já encontro um dos meus melhores abraços, mas continuo com aqueles grilos ali de cima. Não, não fui eu quem organizou a van, não sei quem vai, as pessoas não confirmaram nada pra mim. E quer saber do que mais, fui ter uma conversa séria com o secador.
- Ah não, não quero sair desse banheiro.
- Tudo bem...
Cabelo pronto. Porém ainda sem vestido e com o horário inicial da van já estrapolado. Chega o vestido. Adoro estar pronta!
Visitantes! Com a tensão inicial não tinha as visto ainda. Algumas pessoas infelizmente não poderiam ir junto, mas vieram dar um importante abraço. Fotos, bebidinha, descontração. Pronto, tudo bem mais calmo do que inicialmente. Chega a van. Vamos todos e, o bolo por pouco não fica esquecido. Alguém vai cuidar do bolo. Adoro esse pessoal! Ops, um esquecimento, alguns minutinhos perdidos, mas tudo dentro do esperado pra uma noite inacreditável, como diriam uns amigos meus. Agora sim, destino: Cidade Baixa, e seja o que o cara ali de cima quiser. E o bolo prestes a desmoronar (quem convidou o bolo?! Não estava dentro do contrato dele a viagem de 25km)...
Finalmente chegamos. Aventuras pro bolo descer da van e chegar ao local combinado. Mas ele chega, firme e forte (ok, nem tão firme assim). Ihhh, problemas com a lista (alguém, por algum acaso tinha me dito que seria simples? Era óbvio que não). Resolvido, o pessoal lá foi bem compreensivo e a galera entrou sem maiores problemas.
Ai, e onde estavam as pessoas? Aos poucos começam a chegar. Eba! O pessoal veio mesmo (não sei porque, mas eu tinha medo que não acontecesse). E de repente a festa estava completa! Fotos, muitas, até uns fotógrafos foram contratados em caráter emergencial. Finalmente a noite está como eu queria, cheia de música, dança, amigos e boas risadas.
Hora do bolo (antes que ele caísse de vez e o moço da copa tivesse um ataque cardíaco, tadinho). Brigas com o vento pra que as velas acendessem. Parabéns pra mim! Eu geralmente não sei o que fazer na hora do parabéns, e sempre lembro disso, mas foi um parabéns atípico, passou bem rapidinho! E vendo aquele lugar cheio de pessoas muito importantes na minha vida, assoprei as velinhas, fazendo pedidos, como fazia aos 5 anos (e com um chapeuzinho bem semelhante). Algumas pessoas querem os morangos, outras bolo de acordo com sua altura... E viva! O bolo finalmente ganhou o destino que eu imaginava, um tanto descaracterizado, mas foi. Fotos famequianas, fotos da prefa, e voltamos à festa.
Informaram-me que uma mocinha esqueceu o meu presente em casa (e os meninos com ímpetos de enforcar a pobrezinha), mas que nós vamos a um show muito especial no outro domingo (esses meus colegas são D+ mesmo!). E segue a festa, a dança, a música e as risadas. E a minha comanda mágica faz sucesso - claro que na falta dela, as coisas não mudam tanto assim, afinal os copos não corriam o menor risco de entrar em extinção.
Finalmente comi um pedaço do bolo, dividindo é claro, porque sempre tem alguém com preguiça de ir buscar, só esperando um pratinho aparecer...
- Nossa, que bolo gostoso! Eu não tinha comido ainda.
- Tem negrinho né?
- Tem sim.
- Nessa altura eu nem sinto mais e tá bem bom.
O telefone toca. E logo o tio da van está chegando.
E assim acaba mais uma noite daquelas que ficará pra história.