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13.1.09

my plans

Ela não ia. Em aproximadamente 7 minutos já estava “pronta” no carro, indo buscar o outro. Ele não demorou apenas os seus 7 minutos. Alguns costumeiros sorrisos e as costumeiras estórias que sempre existem, por mais que a convivência entre eles seja grande. Aquele era mais um passeio sem grandes expectativas, apenas para aproveitar os momentos de ócio que as férias da universidade proporcionam, e pra ela sentir que é possível ter vida depois das 18h. Caminho cheio de belezas que o pôr-do-sol traz aos olhos. Chegou ao destino. Mais risadas, caminhadas, vitrines, vontades, pequenas decepções corriqueiras, comida, vitrines novamente, livros e finalmente, um filme, que apareceu de repente na “programação” daquela noite. Ela, de antemão, sabia que o filme possivelmente lhe causaria lágrimas, mas queria assistir. Risadas, muitas, das mais gostosas possíveis. Gargalhadas, diversas, e uma relação enorme com personagens já conhecidos. Como esperado: lágrimas. Ela tem uma facilidade imensa de colocá-las pra fora e, mesmo que o filme não ocasionasse naturalmente, ela, no fundo daquela sala escura, iria cedo ou tarde derramá-las, pois estava em dias inexplicavelmente sensíveis. A trama desenrolou-se e, por mais que tentasse, ficava difícil não linkar a história à “vida real”. E aos poucos aquela menina começou a questionar se um dia aquilo não poderia ser a sua verdade. Aquele foi o cão que ela sempre sonhou ter. Aqueles seriam os filhos que ela queria? Não, ela não queria filhos! Mas apesar de todo o trabalho, ali eles pareciam ser tão fofos ... E nesses momentos questionamentos surgiam com maior intensidade do que o cão encontrava coisas para roer e, quase na mesma velocidade das lagrimas que brotavam daquelas grandes janelas. Foi-se o filme, ela entendeu que ainda não havia chegado a hora de ter o seu tão querido e sonhado cão, mas, havia resolvido que, um dia essa hora chegaria. E quanto aos filhos e aquela vida que inicialmente todas as meninas sonham? Bem, esses ainda não se sabe se chegarão ou não em sua vida. E pra encerrar a sessão com brilhantismo, e com muito mais lágrimas, um último questionamento:
Quantas pessoas fazem você se sentir extraordinário?
E a alma, que outrora tinha por certas algumas definições, agora saltitava, como a pipoca no início da sessão. A luz acendeu-se, o rosto aos poucos voltou a sua expressão habitual, porém, como já dizia o sábio Einstein "a mente que se abre a uma nova idéia, jamais voltará ao seu tamanho original".

2 comentários:

Di disse...

e mais uma vez, ela faz de um pequeno passeio um grande post!

Simplesmente, emocionalmente lindo...

e a pura vida real!

AMO MUITO, MAS MUITO, TUDO ISSO

Rafael disse...

eu sei bem quem faz me sentir extraordinário... o cão era só o exemplo mais puro, pq nao demonstrava com palavras aquilo q um amigo é para nós!

passei o filme inteiro buscando evidenciar quem são os cães que me fazem sentir extraordinário e cheguei a ótimos e emocionantes momentos da minha vida onde eu percebi que muitos cães já se foram, outros continuam aí, mas a certeza é de que eles nunca irão morrer dentro de mim!